Fotos e Informações

 

 

 

Garça vermelha

 

Sapo

 

 

Cegonhas brancas

 

 

 

 

 

 

 

                                                                                              Cegonha negra

 

Cágado

 

    Galeirões                                              Garça azul grande ou garça real

 

   Rã verde                                                                             Lontra

 

  Lagostim da Louisianna                                                 Pica-peixe ou Guarda-rios

 

   

   Pato-real                              Salamandra

 

  Tritão

 

 

Tejo

 

 

        

 

   

 

 

 

Almonda em Torres Novas

 

  Vários barbos, carpas e bogas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Paul do Boquilobo

 

 

Embora as imagens que apresentei anteriormente do rio Tejo, Almonda e Paul do Boquilobo, façam transparecer que estes são habitats em bom estado de conservação, isto infelizmente não é verdade.

 

O rio Tejo recebe a poluição de todos os seus afluentes e no seu longo curso sofre inúmeras agressões, mas apesar disso ainda é um dos rios com maior variedade de espécies piscícolas e não só.

 

O rio Almonda foi até há poucos anos um dos rios mais poluídos de Portugal, mas felizmente construíram-se ETAR's que permitiram a despoluição do rio pelo menos até à cidade de Torres Novas, onde se observam hoje em dia grandes cardumes de carpas e barbos. Mas, no rio Almonda nem tudo são boas notícias, pois a seguir à cidade de Torres Novas surgem novos focos de poluição até à sua foz no Tejo e no Verão esta zona do rio Almonda encontra-se muito poluída.

 

O Paul do Boquilobo é uma reserva que é muito importante, principalmente para a conservação de aves, mas também de mamíferos como a lontra e vários peixes, mas esta zona húmida é atravessada por várias linhas de água que se encontram muito poluídas e que acabam por afectar a qualidade da água dentro desta zona húmida.

 

Há outros rios que apenas possuem alguma qualidade ambiental perto da nascente, onde ainda têm água limpa, e onde ainda sobrevivem alguns peixes e outros animais aquáticos, dos quais dou o exemplo do rio Alviela, que teve durante os últimos anos algumas melhorias em que se verificou um aumento notório da qualidade da água e o aumento da sua fauna e flora, mas que principalmente no último ano parece estar a ter um retrocesso, pois as ETAR'S não têm funcionado convenientemente e os seus caudais não têm sido muito elevados, pelo que o nível de poluição voltou a aumentar causando numerosas mortandades principalmente na fauna piscícola.

 

Outro rio que em tempos deve ter albergado uma fauna e flora variada é o rio Maior, que como o nome indica nasce perto da cidade de Rio Maior. Neste rio existe uma zona relativamente bem conservada junto à nascente, onde as águas são límpidas e se encontram alguns escalos, verdemãs e outros peixes, assim como, lagostins, rãs, etc. A partir da cidade de Rio Maior há um grande aproveitamento das águas do rio para a agricultura, o que lhe retira uma boa parte do caudal, há descargas de esgotos das povoações ribeirinhas, muitas suiniculturas (muitas com sistemas de tratamento ineficientes), a vegetação das margens está bastante degradada, etc.

 

A foto em baixo apresenta um peixe que eu passei a chamar de Boga do Rio Maior.

 

 

 

Fotos tiradas no Rio Maior perto da nascente. (Os peixes foram devolvidos ao rio)

 

            Já há algum tempo dei com um local que me parece ter grande importância em termos ecológicos, principalmente pela avifauna presente, este local é o Paul das Salgadas.

 

 

Este ano de 2005, com a seca que está a ocorrer, têm piorado os casos de poluição, pois o caudal dos rios está demasiado baixo, pelo que a capacidade de diluição é muito menor.

Se continuar sem chover a partir de Fevereiro, não se prevê nada de bom tanto para a fauna dos nossos rios, como para todos nós, pois poderá ser necessário fazer cortes de água em algumas localidades, já se prevê que muitos agricultores não poderão utilizar a água acumulada nas barragens para o regadio, vão aumentar o número de captações ilegais ao longo dos cursos de água, pondo em risco a fauna piscícola e já se tem dito que as lampreias e outros peixes migradores não conseguirão chegar aos locais de desova em muitos rios, pois o caudal é demasiado baixo (o Tejo está muito abaixo do normal).

 

O ano de 2006, foi um pouco melhor que 2005, mas no entanto no final do Verão muitos rios pequenos acabaram por secar novamente ou ficar reduzidos a pequenos charcos, ou fios de água, muitas vezes afectados pela poluição.

 

O rio Maior acabou por não secar novamente pelo que decidi devolver exemplares de peixes capturados em 2005 quando o rio estava a secar completamente. Na zona montante do rio há novamente alguns exemplares de Boga portuguesa (Chondrostoma lusitanicum), Escalos (Squalius pyrenaicus) e Verdemãs (Cobitis paludica). Com uma pequena ajuda da natureza pode ser que se consigam reproduzir na próxima Primavera, se sobreviverem, e recomeçar a recolonização do rio.

 

Espero que nos próximos anos seja possível despoluir e requalificar os nossos rios, e todos os nossos recursos aquícolas, para que estes se possam tornar nos paraísos que os nossos ancestrais conheceram.